“Temos que procurar exercitar a cidadania para dar novos rumos e horizontes à magistratura brasileira. A saída do gabinete nos mantém ligados à realidade”. A afirmação é do juiz Paulo de Tarso Tamburini de Souza, ex-conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que fez palestra sobre o dever de informação para os aprovados no XV Concurso Público para juiz federal substituto da 4ª Região, que abrangre os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Paulo de Tarso, que atuou em missão de auxílio a juízes para a realização de eleições em países como Congo, Moçambique e Haiti, destacou a importância de o juiz não ficar trancado numa vara com milhares de processos.

Nesta semana, os futuros juízes completaram mais uma etapa do Curso de Formação, iniciado em outubro de 2013. O curso terminará no próximo dia 7 de fevereiro, quando os novos juízes vão assumir como substitutos em varas da Justiça Federal da Região Sul.

O relaciomaneto com a imprensa e o gerenciamento de crise também foram temas do curso, que contou com a participação dos jornalistas Márcio Chaer (Consultor Jurídico), Frederico Vasconcelos (Folha de S.Paulo) e Cláudio Brito (RBS TV). Os magistrados também participaram de um circuito de mídia, com coletiva de imprensa e entrevistas para TV, rádio, jornal e web.

O módulo de relações interpessoais e interinstitucionais contou ainda com painéis e palestras sobre o relacionamento institucional com o sistema de Justiça, com a presença, entre outros, do ex-procurador geral da República Roberto Gurgel, do delegado chefe da Interpol no Brasil, Luiz Eduardo Telles Pereira, do delegado da Polícia Federal Roberto Biasoli, chefe do departamento de recuperação de ativos e cooperação internacional, e do deputado federal Carlos Eduardo Vieira da Cunha. Os novos juízes também conversaram com os magistrados que presidem as associações de juízes federais do Paraná (Antônio César Bochenek), do Rio Grande do Sul (Rodrigo Coutinho), de Santa Catarina (Nelson Ribeiro Alves) e do Brasil (Nino Toldo).

O módulo de relações interpessoais e interinstitucionais teve a coordenação da juíza federal Taís Schilling Ferraz. Os desembargadores federais Otávio Roberto Pamplona e Ricardo Teixeira do Valle Pereira, conselheiros da Escola da Magistratura do TRF-4, são os coordenadores gerais do curso de formação.

Nova formação
Este é o primeiro curso de formação inicial da 4ª Região no novo formato, determinado pela Emenda Constitucional 45, quando foi criada a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

 O curso tem a previsão de 515 horas de duração, divididas em 13 módulos. Além dos módulos com conteúdos tradicionais como “Estrutura Administrativa e Judiciária da Justiça Federal”, “Prática Penal”, “Prática Jurisdicional Preparatória” e “Técnicas de elaboração de Sentença”, destacam-se temas inovadores, como processo eletrônico, relações com outras instituições e com a mídia e conhecimentos sobre administração judiciária e planejamento estratégico.

O curso ainda levanta a questão da importância da formação dos magistrados para atuação nos Juizados Especiais Federais, com um módulo específico sobre os JEFs, onde são julgadas causas de até 60 salários mínimos, principalmente de matéria previdenciária. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.

Veja a lista dos novos juízes e os locais que tomarão posse em fevereiro:

  

Fonte: http://www.conjur.com.br/2014-jan-11/novos-juizes-trf-aprendem-relacao-instituicoes-imprensa